segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Blogagem coletiva - Perrengues de viagem em família

Este post faz parte da Blogagem coletiva do grupo Viajando em Família do Facebook. Não somos tão viajados assim, mas os pezinhos da Clara já caíram na estrada algumas vezes e uma consequência quase inevitável é que já passamos por alguns perrengues.

Acredito que o maior deles foi durante uma viagem de carro para Minas em que ela teve uma febre que começou baixa e quase bateu os 40º durante a viagem de ida. Foi um sufoco enorme, nós na estrada e ela gemendo e delirando de febre, começou a vomitar e estava quase desmaiando quando entramos na cidade mais próxima e fomos direto para o hospital. Entramos correndo na emergência e ainda tivemos que preencher fichas na recepção e responder perguntas na triagem, enquanto a criança quase tinha uma convulsão, toda vomitada. O médico que a atendeu aplicou uma benzetacil (típico de cidade do interior) e ela melhorou. Decidimos então dormir na cidade e a noite ela voltou a passar mal, tremia horrores, vomitou toda a cama, foi o caos. Sorte que consegui falar com o médico dela e ele me acalmou, deu uma receita de um remédio que não encontramos em lugar nenhum da cidade, mas dei o remédio normal para febre e fiquei monitorando a cada 2 horas durante toda a noite. Dia seguinte ela estava bem e depois disso não teve mais nada. Mais detalhes sobre este episódio aqui:
http://bebepiccolo.blogspot.com.br/2012/08/viagem-para-minas-o-perrengue.html

Viajamos em maio para a Europa, e os deslocamentos por lá foram quase todos feitos de trem, que é um meio excelente de se viajar com crianças. Em um dos trechos, de Amsterdam para Nuremberg, decidimos desembarcar em Colonia para conhecer um pouco da cidade, já que era nosso caminho, e pegar o trem mais tarde para Nuremberg. Descemos na estação bem ao lado da Catedral e passamos algumas horas andando pela cidade. Quando decidimos voltar para pegar o trem começaram as dificuldades. Chegamos na mesma estação onde havíamos desembarcado, perguntamos em todos os pontos de informação e eles nos informaram um numero de plataforma, mas não constava nosso trem em nenhum dos paineis. Fomos para a plataforma, achando aquilo tudo muito estranho. Faltando alguns poucos minutos o Jorge consultando nossos papéis desvendou o mistério: estávamos na estação errada! Nosso trem passaria na outra estação de Colonia! Nessa hora tinha um trem parado, as pessoas terminando de embarcar e o Jorge percebeu que ele passaria na estação que deveríamos embarcar. Falou para entrarmos no trem, mas estava cheio de gente na porta, nós cheios de malas, a Clara dormindo do carrinho, eu não conseguia entrar, além disso eu não estava entendendo nada porque tínhamos que pegar aquele trem. Depois de muita confusão conseguimos nos enfiar dentro do trem e ir até a próxima parada, que seria na estação correta, isso em cima da hora. Chegamos lá bem rápido (os trens são mesmo muito pontuais!) e saímos correndo novamente procurando a plataforma. A estação só tinha escada, a gente correndo com mala e carrinho e a Clara já acordada no colo e chegamos bem na hora que nosso trem já ia partir. Um funcionário nos viu, fez sinal e o trem nos esperou. O engraçado é que quando chegamos perto do trem o funcionário gritou um número de vagão, que estava muito lá na frente. Saímos em disparada procurando aquele vagão e entramos. Já dentro do trem descobrimos que nosso vagão era de fato próximo ao lugar onde estávamos antes, e tivemos que voltar tudo de novo, só que agora com calma, por dentro do trem. Nessa hora o que fizemos foi dar risada, pois a situação toda foi surreal.

E o último perrengue desta viagem aconteceu no nosso embarque em Berlim. Nosso voo havia sido remarcado, o que consideramos bastante prudente, pois tínhamos conexão em Amsterdam e assim não ficaria em cima da hora. Porém o voo passou para as 6 da manhã. Saímos do apartamento as 4, num dia super frio, na maior ventania, e atrasados para pegar o ônibus para o aeroporto, sorte que era bem perto. Quando chegamos perto do ponto do ônibus vimos que ele já estava lá e ainda tinha gente embarcando. Saímos correndo com aquele tanto de mala e a Clara no carrinho e conseguimos entrar. Chegamos com um bom tempo de antecedência ao aeroporto e fomos logo fazer o check in. Aí começou a confusão, eu e Jorge não estávamos marcados naquele voo, somente a Clara. Demos o código da passagem e a atendente ligou para alguém e pediu para verificar. Ficamos ali esperando no balcão. O tempo foi passando, ela ligava para a tal pessoa e nada. O mais estranho é que as poltronas estavam reservadas para nós, mas diziam que tinha algum problema com nossos tickets, que por sinal havíamos tirado com milhas. Depois de um tempão, a atendente disse que precisava ir receber os passageiros do nosso voo e que a colega ao lado iria terminar de nos atender. Nessa hora, o funcionário da cia aérea já perguntava na fila se ainda tinha alguém para o nosso voo e nem tinha mais ninguém. A tal moça disse para meu marido esperar ao lado, porque ela tinha que atender as demais pessoas da fila, que eram de outros voos. Ou seja, simplesmente considerou que não embarcaríamos. O Jorge então disse que não sairia, que ela tinha que resolver o problema, nós tínhamos os bilhetes, estava tudo certo e iríamos perder as conexões. Ela pedia para ele sair, dizendo que não podia resolver, mas ele foi categórico e disse que não sairia. Depois de um momento de tensão ela simplesmente falou para colocarmos as bagagens na esteira correndo e imprimiu nossos bilhetes! Simples assim. Ainda disse que deveríamos despachar o carrinho da Clara em outro lugar do aeroporto, no setor de cargas frágeis, e não explicava direito onde era. Jorge saiu correndo com o carrinho e conseguiu encontrar o lugar, entramos correndo no embarque e pro meu desespero decidiram nos revistar inteiros, tive que tirar as botas, casacos, etc. Clara estava dormindo no meu colo e tive que coloca-la no chão, de pé. Ela cochilou encostada em um dos funcionários por alguns minutos até que abriu os olhos e veio atrás da gente. Depois de tudo isso foi aquela correria, fomos os últimos a embarcar, mas ainda bem que deu tudo certo e não perdemos o avião. Chegamos em Brasília depois das 23 horas, mais ou menos 24 horas de viagem depois...

Episódios de cocôs fora de hora são bastante comuns para quem viaja com criança, mas na nossa viagem para o Uruguai e Argentina eles foram muito frequentes, tanto que fiz um post exclusivo sobre isso aqui:
http://bebepiccolo.blogspot.com.br/2012/01/cocos-viajantes.html


Links dos blogs participantes da Blogagem coletiva:
2. Karen Schubert Reimer, As Aventuras da Ellerim Viajante:
3. Cinthia Rangel, Boa Viagem: http://boa-viagem7.webnode.com//
4. Adriana Pasello, Diário de Viagem:
5. Francine Agnoletto, Viagens que Sonhamos:
6. Eder Rezende, Quatro Cantos do Mundo:
7. Erica Kovacs, Viagem com Gêmeos
9. Ludmyla De Sena Broniszewski, Two Many Sides of Me: http://twomanysidesofme.wordpress.com/2013/08/08/perrengues-de-viagem-perrengue-numero-3-blogagem-coletiva-viagens-em-familia/ (este é o perrengue 3! Tem o 1 e o 2!!)
10. Renata Schiffer, A Renata teve infância e sabe ser feliz!: http://www.renataschiffer.com.br/?p=541
11. Andréia Mannarino, Mistura nada básica :
14.Aryele Herrera, Casa da Atzin :
15. Flávia Maciel, Bebê pelo Mundo:
16. Renato Martins, do Renato Blogging (nada a ver o nome, é um blog antigo que posto raramente):http://renatoblogging.blogspot.com.br/2013/08/o-maior-perrengue-que-passamos-viajando.html 
20. Thiago Cesar Busarello, Vida de Turista: 
24. Karla Alves Leal, Cariocando por aí:
27. Patricia Papp, Coisas de Mãe:
30. Guilherme Canever, Saiporaí: http://saiporai.com/tambemsai/
36. Ligia Cantarelli, Sem vígula antes de etc.: http://www.semvirgulaantesdeetc.com.br/206/

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